sexta-feira, 4 de abril de 2008

A história do Cinema Nacional


Décadas 30, 40 e 50
Em 1930 a infra-estrutura para a produção de filmes se sofistica com a instalação do primeiro estúdio cinematográfico nacional, o da companhia Cinédia, no Rio de Janeiro, produzindo dramas populares e comédias musicais, que ficam conhecidas como “Chanchadas”. Durante os próximos anos dois grandes estúdios foram criados, a Atlântida (1941) e Vera Cruz (1949), trazendo clássicos como o filme “Nem Sansão nem Dalila”, de Carlos Manga e “O cangaceiro” (1953), de Lima Barreto.
Década de 60
Mas o grande salto de desenvolvimento do cinema nacional ocorreu somente na década de 1960. Com o conhecido “Cinema Novo”, vários filmes ganharam destaque no cenário nacional e internacional. O marco inicial desta época de prosperidade foi o lançamento do filme “O Pagador de Promessas”, escrito e dirigido por Anselmo Duarte, o primeiro filme nacional a ser premiado com a Palma de Ouro do Festival de Cinema de Cannes. Com o lema “Uma câmara na mão e uma idéia na cabeça”, os filmes deste período começam a retratar a vida real, mostrando a pobreza, a miséria e os problemas sociais, dentro de uma perspectiva crítica, contestadora e cultural.

Decádas de 70, 80 e 90
A criação da Embrafilme, organismo estatal que financiava, co-produzia e distribuía filmes, em 1969, criou condições para que a produção nacional se multiplicasse. Na década de 70 e 80 o sucesso da empresa foi expressivo, tendo conquistado cerca de quarenta por cento do mercado. Essa mesma época foi marcada pela “pornô-chanchada”. A crítica e os grandes problemas nacionais saem de cena para dar espaço para filmes de consumo fácil, com temáticas simples e de caráter sexual. Filmes como “A Dama da Lotação” com Sônia Braga e “Dona Flor e seus dois maridos” de Bruno Barreto foram sucessos na época. Nos anos 80 o país chega ao auge do cinema comercial, produzindo até 100 filmes em um ano. Porém no final da década o modelo estatal entra em crise, que tem seu ápice com a extinção da Embrafilme, em 1990.
Atualidade
Hoje, o cinema nacional vem trabalhando temáticas urbanas ou copiando fórmulas televisivas com artistas de telenovelas, uma iniciativa da produtora Globo Filmes criada em 1998, o que tem gerado bons resultados, proporcionando um grande crescimento na área e despertando um maior o interesse do publico pelo cinema nacional. Exemplo disso são séries televisivas que se transformam em filmes, como O Auto da Compadecida. A mistura do gênero televisivo com o cinematográfico vem alcançando as maiores bilheterias do país como Carandiru, que ultrapassou os 4 milhões e meio de espectadores, Cidade de Deus, Lisbela e o Prisioneiro, Cazuza, Olga, Se eu Fosse Você e Dois Filhos de Francisco, com histórias que conquistaram o público brasileiro.

Nenhum comentário: